O Instituto Biofábrica de Cacau (IBC) e o Plano de Ação
Territoral (PAT) da Mandiocultura estão implantando maniveiros no extremo sul
da Bahia. Maniveiros são como poupanças de mudas de qualidade, feitas por agricultores
que já trabalhavam com a cultura da mandioca que passaram a ter a função de
produzir manivas. Em pouco mais de um mês, a parceria entre IBC e PAT já levou
a agricultores familiares do extremo sul 20 mil mudas de diversas variedades de
mandioca, que foram implantadas em quatro maniveiros, nos municípios de
Medeiros Neto, Nova Viçosa, Prado e Alcobaça.
As famílias da Associação São Francisco, localizada no
município de Prado, e da comunidade Cana Brava, no município de Alcobaça, foram
contempladas na última semana com 10 mil mudas de mandioca da Biofábrica, que
são produzidas através do Projeto RENIVA, uma rede de multiplicação e transferência
de manivas-semente de mandioca com qualidade genética e fitossanitária, numa parceria
com a Embrapa. As primeiras comunidades a receberem as mudas para a implantação
dos dois primeiros maniveiros foram Bela Vista, de Nova Viçosa, e um grupo de
agricultores familiares de Medeiros Neto. Até o mês de junho, a Biofábrica
pretende beneficiar mais dois maniveiros em outros municípios da região.
PAT – No
prazo de quatro anos, o Plano de Ação Territorial tem como objetivo aumentar em
40% a produtividade da mandioca na região. Serão implantados 22 maniveiros e 36
unidades demonstrativas, com a utilização de um sistema de produção definido
pela Embrapa e mudas disponibilizadas pela Biofábrica.
O PAT da Mandiocultura é coordenado por representantes
dos 11 municípios do extremo sul da Bahia – Alcobaça, Caravelas, Ibirapuã,
Itamaraju, Jucuruçu, Lajedão, Medeiros Neto, Mucuri, Nova Viçosa, Prado e
Teixeira de Freitas. Ele é resultado de uma parceria entre o Banco do Nordeste,
através do Programa de Desenvolvimento Territorial (PRODETER), a Secretaria de
Desenvolvimento Rural do Estado da Bahia, o Instituto Biofábrica de Cacau,
Embrapa Mandioca e Fruticultura, Núcleo Diretivo do Território, secretarias municipais
de agricultura, Fíbria Papel e Celulose, Ceplac, Bahiater, sindicatos de agricultores
familiares, sindicatos rurais, cooperativas e associações.
Cada município possui o seu Comitê Gestor Local, que
tem a atribuição de implementar as ações junto aos agricultores familiares. De
acordo com a coordenação do PAT, o maniveiro de Alcobaça será diferenciado. “Ele
receberá 23 variedades de manivas. Será o maniveiro guardião de todas as
variedades de manivas difundidas pelo Instituto Biofábrica de Cacau”, destacou.
Câmara Setorial do
Cacau avalia oportunidades para o
desenvolvimento regional junto à Biofábrica
A Biofábrica de Cacau recebeu, NO DIA 28 DE MARÇO DE 2018, a visita de membros da Câmara Setorial do Cacau, que acompanharam de
perto o trabalho desenvolvido pela instituição na produção de mudas de
cacaueiros. Na oportunidade, a equipe da Câmara Setorial levantou
possibilidades de parceria para o desenvolvimento regional. Participaram da
visita representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA),
da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI), Associação
Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC) e Word Cocoa Foundation (WCF).
“Nosso objetivo é conhecer de perto essa
experiência extraordinária que é a Biofábrica e, para nós que estamos em
Brasília, é muito importante quando temos a oportunidade de conhecer o agro
real. A Biofábrica tem uma história na América Latina e até mundial em função
do que produz e do porte. É algo que a gente leva para Brasília para
compartilhar com nossos companheiros”, destacou Marconi Lopes de Albuquerque,
representando o MAPA.
De acordo com o assessor internacional da SECTI,
Pedro José Martins, o reconhecimento internacional da Biofábrica também tem
despertado interesses institucionais. "Tenho ouvido falar bastante da
Biofábrica, também através de suas páginas e de Lanns Almeida. Nos países em
que trabalhei, países nórdicos e no Reino Unido, ficaram surpresos com a
Biofábrica, além de toda a ajuda ao agricultor familiar, pelo fato de ser uma
guardiã da Mata Atlântica. E na Europa, os portugueses, acima de tudo, estão
muito sensíveis com essa função que a Biofábrica tem e que é muito importante.
Parabéns pelo trabalho”, informou.
Segundo o diretor executivo da AIPC, Eduardo
Bastos, um plano está sendo estruturado para fomento do desenvolvimento
regional da cacauicultura. “Viemos avaliar
oportunidades para o desenvolvimento da cacauicultura na região, mas também no
Brasil, e como a Câmara Setorial do Cacau e os parceiros, como AIPC, podem
contribuir para o aumento da produção de muda para acelerar o adensamento da
cabruca e o plantio em áreas novas na região. A gente tem um plano para
aumentar em 40 mil toneladas a produção na Bahia e isso vai demandar pelo menos
oito milhões de mudas nos próximos cinco anos. A gente tem desenhado esse
modelo e é impossível pensar nisso sem a participação e parceria da Biofábrica.
O que a gente vê claramente – não é a primeira vez que venho aqui, é o
potencial incrível que essa estrutura e que as pessoas têm para servirem de
exemplo”, pontuou.
Em missão pelo programa Cocoa Action, da WCF
no Brasil, Pedro Ronca destacou o interesse da instituição em realizar parceria
para melhorar a produtividade do cacau na Bahia. “Estamos iniciando a Cocoa
Action no Brasil, uma iniciativa público-privada, e buscando parcerias. Estive
na Biofábrica no ano passado e fiquei bastante impressionado com a estrutura e
com o trabalho que vem sendo realizado. A gente vê a Biofábrica como parceira
para construir as soluções que a cadeia do cacau precisa. É de grande interesse
ver essa possibilidade, porque sem dúvida muda, densidade de planta e plantio
de stand nas lavouras são temas centrais para melhorar a produtividade do cacau
na Bahia”, concluiu.
Mariana Ferreira
ASCOM/IBC
DRT 4471
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