Considerando que em Caraíbas estamos focando o desenvolvimento da Agricultura Familiar. E, considerando o nosso Projeto do Umbu Gigante que já possuímos a Associação da Santa Maria envolvida e executando o Projeto e que deveremos ainda neste ano desenvolver o mesmo projeto com outra Associação. Fomos participar do evento em Manoel Vitorino para buscar para Caraíbas as experiências desenvolvidas lá com o objetivo de aplicarmos aqui, tudo que for possível.
IIª JORNADA DO SEMIÁRIDO SUSTENTÁVEL - MANOEL VITORINO/BA
“Criando redes para a emancipação da família no Semiárido”, com esse tema está sendo realizada a II Jornada do Semiárido Sustentável, no período de 16 a 18 de julho, no Centro de Referência, Integração e Afirmação da Região Semiárida (CRIAR), localizado no Povoado de Pombas, Distrito de Catingal, município de Manoel Vitorino, Território Médio Rio de Contas. A abertura do evento, que contou com a presença do vice-governador e secretário do Planejamento da Bahia, João Leão, do Secretário de Desenvolvimento Rural, Jerônimo Rodrigues, do Secretário Nacional de Desenvolvimento Territorial, Humberto Oliveira e do diretor executivo da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), Wilson Dias, teve entre os objetivos incentivar a integração sociocultural e a troca de experiências entre os produtores rurais.
IIª JORNADA DO SEMIÁRIDO SUSTENTÁVEL - MANOEL VITORINO/BA
“Criando redes para a emancipação da família no Semiárido”, com esse tema está sendo realizada a II Jornada do Semiárido Sustentável, no período de 16 a 18 de julho, no Centro de Referência, Integração e Afirmação da Região Semiárida (CRIAR), localizado no Povoado de Pombas, Distrito de Catingal, município de Manoel Vitorino, Território Médio Rio de Contas. A abertura do evento, que contou com a presença do vice-governador e secretário do Planejamento da Bahia, João Leão, do Secretário de Desenvolvimento Rural, Jerônimo Rodrigues, do Secretário Nacional de Desenvolvimento Territorial, Humberto Oliveira e do diretor executivo da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), Wilson Dias, teve entre os objetivos incentivar a integração sociocultural e a troca de experiências entre os produtores rurais.
Promover a integração entre o
saber científico e o popular, além de apresentar casos de sucesso que possam estimular
o espírito do cooperativismo e a troca de experiência produtiva comercial e
cultural entre os produtores rurais, também estão entre as finalidades do
encontro, que contou com uma programação rica em palestras, oficinas, eventos
culturais, gincanas, entretenimento e mostra de produtos regionais, entre
outras atrações.
O vice-governador, João Leão,
falou de experiências de sucesso e contou um pouco da sua própria história de
vida, destacando a importância de buscar investimento em instituições financeiras
para os empreendimentos e da necessidade de capacitação para os empreendedores.
“Vamos fazer um grande mutirão de desenvolvimento e, para que isso aconteça,
contamos com a parceria de universidades, instituições financeiras, escolas
técnicas e outras entidades comprometidas com o desenvolvimento da Bahia”.
Jerônimo Rodrigues, titular da
SDR, afirmou que momentos como esse são importantes para discutir e gerenciar
questões fundamentais para o desenvolvimento dos municípios e dos territórios
baianos, ouvindo e discutindo as demandas e dando vez e voz a todos aqueles que
necessitam dessa oportunidade e de terem seus direitos garantidos. “Antes de
tudo é preciso planejar e o governo, vem planejando e executando ações como a
implantação de agroindústrias, que beneficiam os produtos da agricultura
familiar e agregam valor a essa produção, gerando renda e melhoria da qualidade
de vida das pessoas”.
De acordo com o Diretor da CAR,
Wilson Dias, o governo, através da CAR e da Superintendência da Agricultura Familiar
(SUAF), vem atuando em empreendimentos como o do CRIAR e vem beneficiando a
população da região com diversas ações a exemplo do apoio à caprino-cultura, com
o melhoramento genético, a perfuração e instalação de poços com adutoras e
sistemas simplificados de água para a dessedentação animal. “As entidades da
agricultura familiar devem qualificar ainda mais as demandas para que o governo
tenha ofertas ainda mais qualificadas, que atendam às necessidades dos
agricultores para que possamos trabalhar juntos por um Semiárido mais
sustentável”.
NOSSA PARTICIPAÇÃO NO EVENTO
Fizemos um atalho para encurtar o caminho, mas mesmo assim, percorremos quase 200 Km, porque fica longe!
Em Sussuarana já deparamos com esse Viaduto da Ferrovia Integração Oeste Leste!
Também passamos ao lado das instalações das Construtoras que estão EXECUTANDO A OBRA DA FIOL!
Em Porto Alegre da Bahia, para acessar o local do evento, tivemos de atravessar de balsa o fundo da barragem do Rio de Contas - R$ 20,00 a travessia, nos custou ida e volta, R$40,00!
Do outro lado já passamos novamente pelas obras da FIOL, que está em pleno ANDAMENTO!
O Leito da estrada para receber os trilhos está pronto!
Os dormentes estão empilhados, logo, logo estarão sendo colocados junto com os trilhos!
Antigamente, antes de 2002, quem cuidava das atividades sociais e movimentos sociais era o PT, PC do B, hoje, além de dar tom mais profissional às atividades sociais e movimentos sociais, o PT está construindo a estrutura de um Brasil de Futuro - Obras e mais Obras! E, a Direita está amargando ver o Brasil crescer pelas mãos do PT, pelas mãos da Esquerda!
Antigamente, antes de 2002, quem cuidava das atividades sociais e movimentos sociais era o PT, PC do B, hoje, além de dar tom mais profissional às atividades sociais e movimentos sociais, o PT está construindo a estrutura de um Brasil de Futuro - Obras e mais Obras! E, a Direita está amargando ver o Brasil crescer pelas mãos do PT, pelas mãos da Esquerda!
E o Brasil vai crescendo em plena caatinga!
Morram de inveja FHC e Aécio Neves, que não fizeram e nem construíram absolutamente nada. Pelo contrário venderam o que tínhamos!
Isso aí é um Quintal Agro-ecológico do Tipo Mandala!
MANDALA - é a forma circular das plantações!
Exemplo de DESSENDENTAÇÃO ANIMAL!
Uma pequena Feira Livre da Agricultura Familiar!
Bem! Aí estamos adentrando o local do evento - CRIAR!
Foyer - significa Escola Técnica!
Eduardo Odebrecht é o Presidente da Fundação Odebrecht, que talvez seja uma das fomentadoras do CRIAR.
Este vídeo tem o Pronunciamento do Excelentíssimo
O Auditório do CRIAR é equivalente ao do Centro Educacional Prof. Emanuel Coelho Ferraz, sim, maior e é ambientado de forma exagerada com 6 aparelhos de ar condicionado de Grande Porte, vira um frigorífico. No Tio Néu usamos apenas três de 9000 BTUS e é suficiente para ficar um clima agradável.
Áudio de Todos Pronunciamentos!
Secretário de
Desenvolvimento Rural, Jerônimo Rodrigues!
Secretário Nacional de
Desenvolvimento Territorial, Humberto Oliveira!
Depois do almoço saímos em viagem retornando para Caraíbas!
Mais R$ 20,00 , nem todo lugar é gratuito igual Caraíbas!
Eles possuem muita água por aqui e ainda ficam de olho na água de nossa barragem do Rio Gavião! Precisamos ficar espertos com essa turma daqui viu!!!
Aqui é o fundo do açude cuja tapagem dista uns 90 Km daqui!
A região aqui é de Latifúndios de Criação de Gado de Corte, tanto que no evento o único sindicalista que participou do evento é PATRONAL.
APROFUNDANDO NAS INFORMAÇÕES:
COOPROAF
História
da COOPROAF
A COOPROAF
– Cooperativa de Produção e Comercialização dos produtos da Agricultura
Familiar do Sudoeste da Bahia, fundada em 3 de setembro de 2010, reúne
centenas de famílias em torno da produção, beneficiamento e comercialização de
derivados de frutas nativas principalmente o umbu, no na região Sudoeste da
Bahia, que pertence ao território de identidade Médio Rio de Contas que
concentra a maior produção de umbu da Bahia.
A
COOPROAF hoje com o quadro social com 63 cooperados, surgiu através de um
trabalho de formação feito pelo IRPAA, articulado pela SEAGRI/PMV, que
incentivou as associações a fazer o aproveitamento do umbu transformando em
doces, geléias, compotas, sucos e polpas. As entidades importantes na
constituição da COOPROAF foram: o ISFA – Instituto São Francisco de Assis,
Associação dos Feirantes, a Associação do Bairro Santo Antônio, a Associação de
Boa Vista, Associação de Poço da Pedra, Associação de Anta Gorda e Associação
de Mata de Cipó, que abraçaram a causa e deram todo apoio necessário para
assegurar a existência dessa cooperativa.
Projetos
para valorizar as pessoas e gerar renda
O PGV
– Projeto Gente de Valor ajudou as pessoas terem maior entendimento sobre a
importância do umbu na geração de renda, valorizou mais a cultura do umbuzeiro,
motivou dezenas de famílias para o aproveitamento e transformação em derivados
(incentiva ou beneficiamento).
A
contribuição da CAR/PGV foi fundamental para organizar os produtos derivados de
umbu em relação às demandas de mercado, contribuiu na formação das famílias,
através de cursos, oficinas, ajudou a cooperativa a apresentar os seus produtos
em feiras e exposições, proporcionando intercâmbio para conhecer outras
experiências, melhoria da infra-estrutura (construção da fábrica), contratação
de design para apresentar melhor os produtos e assessoria permanente- gestão da
cooperativa.
Quanto à
relação da cooperativa com o grupo de interesse, acredita-se que essa junção
vai ajudar a fortalecer a cooperativa. Essa articulação vai garantir um maior
estoque de produtos, garantir as demandas do mercado, através de um trabalho
bem articulado.
Os
resultados alcançados pela cooperativa, a partir da transformação de umbu e
seus derivados está relacionado a alguns fatores importantes:
Agregou
maior valor ao umbu, deu maior visibilidade aos produtos e o trabalho da
cooperativa e do município de Manoel Vitorino, profissionalizou as pessoas,
formação dos dirigentes e do quadro de sócios em diversos assuntos, ampliou o
conhecimento de lugares e entidades.
As ações
desenvolvidas pela cooperativa para garantira a sustentabilidade do umbu é
através da conscientização dos catadores de umbu, quanto à maneira correta de
colher o umbu, realização de palestras sobre a importância do umbuzeiro e sua
preservação. Ter um viveiro para distribuição de mudas fazer o manejo do
umbuzeiro, fazer o manejo do umbuzeiro, incentiva a novos plantios.
COOPRAF
Quem Somos!
A COOPRAF nasceu da união das comunidades
de Poço da Pedra, Barra da Purificação,
Espírito Santo, Grama, Lagoa do Mirante e Salinas localizadas nos municípios de
Manoel Vitorino e Mirante, Bahia – Brasil. A cooperativa está organizada em
torno da produção e comercialização de derivados de frutas nativas da caatinga,
principalmente o Umbu. Os umbuzeiros são considerados a árvore sagrada do
sertão e tem o poder de reunir em torno de si, os valores culturais e a força
de trabalho de centenas de agricultores familiares. Hoje a produção
ecologicamente correta desse grupo ajuda preservar a Caatinga no território Médio Rio de Contas,
Sudoeste da Bahia.
Nossa história
Até 2001 os gestores públicos não
davam à devida importância a cultura do umbu na região de Manoel Vitorino,
embora tivesse o título de capital do umbu. Não havia nenhum trabalho visando o
desenvolvimento da cadeia produtiva do umbu, deixando de oportunizar a geração
de trabalho e renda para os agricultores familiares.
Em 2006, a Secretaria de
Agricultura do Município começou a desenvolver um estudo para o aproveitamento
do umbu na região, através de uma parceria com a Faculdade de Ciência e
Tecnologia – FTC, elaborando um plano de estudo da cadeia produtiva do umbu.
Estimulada com os resultados
obtidos a Prefeitura firmou parcerias com o IRPAA e COOPERCUC, apoiado pelo
Conselho do Território Médio Rio das Contas, visando o desenvolvimento da
cadeia produtiva do UMBU com destaque para as seguintes ações:
- contratação do IRPAA para implantar um projeto de sustentabilidade da cadeia do umbu;http://www.irpaa.org/
- incentivo ao associativismo e cooperativismo;
- aquisição de equipamentos voltados para beneficiamento de umbu;
- capacitação para a produção dos derivados do umbu;
- foram criados espaços artesanais em cozinha de escolas para incentivar a produção de derivados do umbu;
- aquisição de produtos derivados do umbu para a alimentação escolar;
- fomentou a fundação da COOPROAF;
- apoiou a implantação de uma unidade experimental de processamento de frutas;
- negociou o financiamento de uma unidade de processamento de frutas junto ao MDA;
- promoveu a Festa do Umbu como um evento anual;
- criou um intercâmbio com o IRPAA e a COOPERCUC; http://www.irpaa.org/
http://www.coopercuc.com.br/
- pesquisa para identificação das melhores “plantas matrizes” do município e produção de mudas enxertadas, dentre outras ações.
O IRPAA foi à entidade pioneira no incremento de produtos
derivados do umbu, através da fabricação de doces, geleias, sucos, polpas,
dentre outras capacitações, tendo um papel preponderante para o desenvolvimento
da cadeia produtiva do umbu na região.
Todo esse esforço e articulação no sentido de desenvolver a
cadeia produtiva do umbu culminaram em 2007 com a fundação da Cooperativa de
Produção e Comercialização da Agricultura Familiar do Sudoeste da Bahia –
COOPROAF. A Entidade reuniu os remanescentes dos mais diversos grupos
capacitados com no beneficiamento do umbu associando um grupo de 24 pessoas
sendo 23 mulheres e 01 homem.
Imbuíra uma história de Gente de Valor
Imbuíra é a marca dos produtos da
COOPRAF, cooperativa que está organizada em torno da produção e comercialização
de derivados de frutas nativas da caatinga, principalmente o Umbu. Os
umbuzeiros são considerados a árvore sagrada do sertão e tem o poder de reunir
em torno de si, os valores culturais e a força de trabalho de centenas de
agricultores familiares. Hoje a produção ecologicamente correta desse grupo
ajuda preservar a Caatinga no território
Médio Rio de Contas, Sudoeste da Bahia.
A COOPRAF nasceu da união das comunidades
de Poço da Pedra, Barra da Purificação,
Espírito Santo, Grama, Lagoa do Mirante e Salinas localizadas no município de
Manoel Vitorino e Mirante, Bahia – Brasil.
A intervenção do Projeto Gente de
Valor no Subterritório de Nova Esperança e Quatro Forças Unidas ocorreu em
2008, quando foi realizado o diagnóstico no meio real, onde o conhecimento se
deu através da caracterização dos recursos naturais, do quadro agrário e dos
sistemas de produção, partindo-se do pressuposto de que existe uma estrutura de
relações entre os fatores sociais, econômicos e culturais que caracteriza os
pequenos agricultores das comunidades de Manoel Vitorino e Mirante. Com base
nos dados primários das localidades visitadas, elaborou-se o Ordenamento
Subterritorial, na perspectiva de promover o desenvolvimento integrado das
comunidades de Poço da Pedra e Barra da Purificação, Espírito Santo, Lagoa do
Mirante, Grama e Salinas. Em seguida ocorreu às oficinas de DRP para a
construção do Plano de Desenvolvimento Subterritorial (PDST), ocasião em que
foram criados os Comitês de Desenvolvimento Comunitário e o Conselho de
Desenvolvimento do Subterritório.
Em seguida foi elaborado e
efetivado um modelo de Assistência Técnica, na visão de um processo educativo e
participativo, assegurando a troca de saberes entre agricultores e técnicos,
fazendo com que as pessoas envolvidas se tornassem sujeitos do processo do
desenvolvimento comunitário.
Depois do estudo de viabilidade
econômica realizado em 2011, a COOPROAF foi integrada ao Projeto, como
estratégia de fortalecer as ações que estão sendo desenvolvidas na organização
da cadeia produtiva do umbu através dos grupos de interesses dois
subterritórios.
4 Forças unidas
Sendo composto pelas comunidades
de: Espírito Santo, Grama, Lagoa do Mirante e Salinas, o Subterritório Quatro
Forças Unidas está localizado na região do semi-árido do município de Mirante,
no sudoeste da Bahia, inserido na caatinga.
História das Comunidades do Subterritório de Quatro Forças Unidas,
Município de Mirante – BA
Quando contamos uma História,
contamos a partir de um ponto de vista que será reinterpretado e reconstruído
em diferentes espaços, por distintas pessoas, dando origem a uma nova História.
Assim é a tradição oral, a voz do passado que ecoa e constrói o presente.
As comunidades de tradição oral
sustentam sua História por meio da transmissão de saberes a seus descendentes.
Essa tradição não funciona apenas como um meio de perpetuação da História, mas
também como fonte de resistência às dificuldades postas pela condição ágrafa e
pela visão histórica que margeou as pesquisas por um longo tempo: a História
vista de cima, com grandes homens realizando enormes feitos, relegando a
importância daqueles que contribuíram fortemente para a construção do presente
tais como as comunidades tradicionais. Nessa perspectiva, a oralidade
possibilita a recuperação das formas de vida, sobretudo, de grupos
minoritários, por vezes excluídos e marginalizados.
Tudo começou quando grupos de
famílias chegaram à região e se misturaram com aquelas que já habitavam o
local. Os primeiros moradores vieram de Brumado, conhecido na época por Bom
Jesus dos Meiras, região colonizada pela família Meira, vinda de Portugal ainda
no período colonial. A família Meira teve um importante papel nesse processo,
sobretudo para abrir novos espaços no Sertão da Ressaca, e formar as fazendas
de gado tão expressivas naquela época.
Para todas elas, as dificuldades
eram as mesmas em todas as esferas. O transporte era feito por animais ou a pé,
a feira era em Bom Jesus da Serra, a 70 km de distância, carregavam a compra na
cabeça ou no lombo dos animais. A vestimenta era feita às vezes de saco de pano
cru (estopa) e as sandálias eram do couro dos animais; para o remédio usavam as
ervas e possuíam uma grande crença em benzedeiras, as mulheres pariam em casa
com a ajuda da parteira, tinham em torno de 10 a 19 filhos, que eram alimentados
com pirão de sebo de gado, pirão de água ou leite de ovelha. As roças eram
pequenas, havia mais árvores e chovia mais, mesmo assim em tempos de seca era
muito difícil, pois as mulheres precisavam ir para a fonte de água de madrugada
onde esperavam minar; não havia estradas, as casas eram de enchimento cobertas
por palhas, as camas feitas de varas e os colchões de junco, sentavam-se em
esteiras de palhas ou bancos de madeira feitos por eles mesmos. Os mais velhos
sabiam a arte da plantação, do manuseio da palha para a confecção de artefatos
como esteiras, chapéus, embornais, cordas, colher de pau, pratos, gamelas.
Conheciam também os sinais da
natureza, o jeito de tratar os animais, a forma de armazenamento das sementes
nativas enfim todos os saberes milenares que são frutos da miscigenação das
diversas culturas (branco, índio, negro) que formaram nosso sertão, sejam na
fabricação de um instrumento ou mesmo através das músicas, dos ternos de reis,
ladainhas e rezas de terços ou de santos e promessa, ou mesmo na organização em
torno de um objetivo comum como os mutirões que eram largamente praticados por
essas comunidades.
Aspectos Culturais
Há uma rede de transmissão oral
que permite a sobrevivência da história dos grupos envolvidos, existem os
mutirões para fazer roças, folia de reis, forró pé-de-serra, caruru de Cosme e
Damião, festas de argolinhas e cavalgadas. São exemplos de festividades e
religiosidades que marcam o aspecto cultural do subterritório Quatro Forças
Unidas. A responsabilidade pelos festejos como a Folia de Reis geralmente fica
a cargo das pessoas mais idosas. Os jovens preferem festas como as juninas ou o
lazer, no caso o futebol. As datas festivas como o São João e o Natal reforçam
os laços familiares com a chegada das pessoas que residem em outros Estados.
Vitorinas
(Entreposto BR116)
Vitorinas,
é a marca entreposto da COOPROAF. Um grupo de mulheres doceiras que se
juntaram para produzir delícias e melhorar a vida ao seu redor.
Quem
viaja pela Rodovia 116 , ao passar por Manoel Vitorino na Bahia pode fazer uma
parada e conhecer essas mulheres alegres e acolhedoras, lá o visitante tem a
oportunidade de tomar sucos maravilhosos e degustar delicias feitas de frutas
nativas da caatinga, algumas dessas espécies só produzem em pequena quantidade
e só em volumes para consumo local, ou melhor para os privilegiados que podem
fazer uma visita.
Além do
lanche o visitante pode comprar os produtos da Linha Imbuíra
e conhecer as instalações da fabrica.
Produtos
Linha
Imbuíra de Produtos para o varejo
- Doce cremoso de Umbu – 230g
- Doce corte de umbu caixinha – 300g
- Geleia de umbu – 240g
- Geleia de Maracujá da caatinga – 240g
Linha
Imbuíra de produtos para merenda escolar
- Compota de umbu – 1kg
- Nego bom de umbu – 1kg
- Nego Bom de umbu com goiaba – 1kg
- Squash de umbu – Néctar de umbu com açúcar pronto para beber – 5 litros
Nova esperança
Caracterização do Subterritório de Nova Esperança –
Manoel Vitorino – BA
O
Subterritório de Nova Esperança está inserido na região semiárida do Município
de Manoel Vitorino a 65 km da sede, apresentando características típicas do
bioma caatinga hipoxerófila arbustivo-arbórea rala. Composto pelas comunidades
de Poço da Pedra, com 56 famílias e a comunidade de Barra da Purificação, com
72 famílias, totalizando 128 famílias (CAR/Projeto Gente de Valor – Estudo de
Base, 2009). O referido subterritório está inserido no Território de Identidade
do Médio Rio das Contas, estando localizado numa região considerada como uma
das maiores produtoras de umbu da Bahia.
A sua
base econômica é fundamentada na agricultura familiar, destacando-se o cultivo
de feijão, milho e outras culturas de subsistência. Com o declínio da atividade
agrícola, atualmente, a pecuária se constitui como a principal atividade,
através da criação de pequenos rebanhos caprinos, ovinos e bovinos. Também
merece destaque o extrativismo do umbu, que hoje se destaca na composição da
renda destas famílias.
Aspectos Culturais
No
Subterritório, a religiosidade é presente através da Igreja Católica, grupos de
Reis e Rezadeiras.
As festas
religiosas estão presentes neste Subterritório, através dos festejos juninos,
onde São Pedro, Santo Antônio e São João são os Santos homenageados;
Eles
possuem a tradição dos Ternos de Santos Reis. No período de 24 de dezembro,
véspera de Natal, a seis de janeiro, dia de reis, um grupo de cantadores e
instrumentistas percorre o subterritório entoando versos relativos à visita dos
Reis Magos ao Menino Jesus.
Parceiros
ISFA – Instituto de Formação Cidadã São
Francisco de Assis
CAR – Companhia de Desenvolvimento e Ação
Regional
PGV – Projeto Gente de Valor
PMV – Prefeitura Municipal de Manoel
Vitorino/SEAGRI
PMM – Prefeitura Municipal de Mirante
IRPAA – Instituto Regional da Pequena
Agropecuária Apropriada
COOPERCUC – Cooperativa Agropecuária
Familiar de Canudos Uauá e Curaçá
Associação do Bairro Santo Antônio
Associação dos Produtores Rurais de Poço da
Pedra
Associação dos Produtores Rurais da Barra
da Purificação
Associação dos Pequenos Produtores Rurais
da Região do Espírito Santo
Associação dos Pequenos Produtores da Boa
Vista
EBDA – Empresa Baiana de Desenvolvimento
Agropecuário
BNB – Banco do Nordeste do Brasil
Conselho Territorial do Médio Rio de Contas
SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem
Industrial
Gente de
valor
Com uma
proposta, que prioriza a participação direta dos homens e mulheres do campo na
decisão e escolha das ações a serem implementadas em suas comunidades, o Gente
de Valor atenderá 90 mil habitantes dos 34 municípios das regiões nordeste
e sudoeste com os mais baixos Índices de Desenvolvimento Humano – IDH.
Executado
pela Sedir – Secretaria do Desenvolvimento e Integração Regional –
através da CAR – Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional, empresa
vinculada à secretaria, o projeto contará com US$ 60 milhões divididos
igualmente entre o Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola
(FIDA) e a contrapartida do Governo do Estado. A coordenação do projeto
concluiu a capacitação de técnicos, que foram a campo fazer um diagnóstico
completo das comunidades contempladas, descobrindo suas potencialidades e
vocações, com vistas a otimizar as atividades produtivas, proporcionando a geração
de emprego e renda.
Público
O Gente
de Valor é destinado aos habitantes pobres do meio rural. O projeto prevê
beneficiar 35.000 pessoas diretamente e 55.000 indiretamente, abrangendo 90.000
pessoas.
Ações do projeto
- Ampliação da oferta hídrica com a construção de barragens, cisternas, sistemas de abastecimento d’água, etc;
- Investimentosem infra-estrutura básica, como instalação de energia solar e elétrica, construção de pequenas pontes e sanitários residenciais;
- Apoio às microempresas rurais e à agricultura familiar para assegurar a segurança alimentar e o incremento da renda;
- Desenvolvimento ambiental;
- Formação profissional e capacitação para o trabalho;
- Fortalecimento das Organizações Comunitárias;
- Apoio ao comércio;
- Inserção dos jovens nos mercados de trabalho urbano e rural;
- Enfoque de Gênero;
Área de atuação
Abrange
os municípios do meio rural com Índices de Desenvolvimento Humano (IDH)s mais
baixos do estado. No total, serão atendidos 34 municípios das regiões nordeste
e sudoeste. O projeto contará com uma coordenação em Salvador, dois escritórios
regionais nos municípios de Vitória da Conquista e Ribeira do Pombal e
escritórios sub-regionais nos municípios de Mirante, Abaré, Euclides da Cunha,
Jeremoabo e Cícero Dantas.
Região
Sudoeste –
Aracatu, Boa Nova, Bom Jesus da Serra, Caetanos, Manoel Vitorino, Mirante,
Planalto e Poções.
CAR
Companhia
de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR)
A empresa, vinculada à Secretaria
do Desenvolvimento e Integração Regional do Estado (SEDIR), coordena
programas de combate à pobreza rural, orienta o público beneficiário sobre os
critérios de participação no programa, acompanha e avalia a aplicação dos
recursos, supervisiona a execução dos projetos e capacita os usuários na
operação e gestão dos empreendimentos.
Programas:
- Programa de Combate à Pobreza Rural – PRODUZIR
- Programa de Desenvolvimento de Comunidades Rurais nas Áreas mais Carentes do Estado da Bahia – GENTE DE VALOR
- Programa de Conservação e Gestão Sustentável do Bioma Caatinga – MATA BRANCA
- Projeto de Inclusão das Comunidades Remanescentes de Quilombos – QUILOMBOLAS
- Programa de Desenvolvimento do Semiárido – TERRA DE VALOR
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