segunda-feira, 20 de julho de 2015

ENTRE MANOEL VITORINO E O RIO DE CONTAS - IIª JORNADA DO SEMIÁRIDO SUSTENTÁVEL! ENCONTRAMOS AÇÕES SOCIAIS DOS ODEBRECHT's, O FUNDO DA BARRAGEM DO RIO DE CONTAS DE JEQUIÉ EM PORTO ALEGRE (BA), OBRAS DA FERROVIA INTEGRAÇÃO OESTE LESTE (FIOL) e UM QUINTAL AGROECOLÓGICO DO TIPO MANDALA! NA REGIÃO SÃO INDUSTRIALIZADOS UMBUS DO EXTRATIVISMO DE UMBUZEIROS NATIVOS! E, VIA DO CRIAR OCORRE A ORGANIZAÇÃO TÉCNICA!


Considerando que em Caraíbas estamos focando o desenvolvimento da Agricultura Familiar. E, considerando o nosso Projeto do Umbu Gigante que já possuímos a Associação da Santa Maria envolvida e executando o Projeto e que deveremos ainda neste ano desenvolver o mesmo projeto com outra Associação. Fomos participar do evento em Manoel Vitorino para buscar para Caraíbas as experiências desenvolvidas lá com o objetivo de aplicarmos aqui, tudo que for possível.

IIª JORNADA DO SEMIÁRIDO SUSTENTÁVEL - MANOEL VITORINO/BA

“Criando redes para a emancipação da família no Semiárido”, com esse tema está sendo realizada a II Jornada do Semiárido Sustentável, no período de 16 a 18 de julho, no Centro de Referência, Integração e Afirmação da Região Semiárida (CRIAR), localizado no Povoado de Pombas, Distrito de Catingal, município de Manoel Vitorino, Território Médio Rio de Contas. A abertura do evento, que contou com a presença do vice-governador e secretário do Planejamento da Bahia, João Leão, do Secretário de Desenvolvimento Rural, Jerônimo Rodrigues, do Secretário Nacional de Desenvolvimento Territorial, Humberto Oliveira e do diretor executivo da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), Wilson Dias, teve entre os objetivos incentivar a integração sociocultural e a troca de experiências entre os produtores rurais.



Promover a integração entre o saber científico e o popular, além de apresentar casos de sucesso que possam estimular o espírito do cooperativismo e a troca de experiência produtiva comercial e cultural entre os produtores rurais, também estão entre as finalidades do encontro, que contou com uma programação rica em palestras, oficinas, eventos culturais, gincanas, entretenimento e mostra de produtos regionais, entre outras atrações.



O vice-governador, João Leão, falou de experiências de sucesso e contou um pouco da sua própria história de vida, destacando a importância de buscar investimento em instituições financeiras para os empreendimentos e da necessidade de capacitação para os empreendedores. “Vamos fazer um grande mutirão de desenvolvimento e, para que isso aconteça, contamos com a parceria de universidades, instituições financeiras, escolas técnicas e outras entidades comprometidas com o desenvolvimento da Bahia”.



Jerônimo Rodrigues, titular da SDR, afirmou que momentos como esse são importantes para discutir e gerenciar questões fundamentais para o desenvolvimento dos municípios e dos territórios baianos, ouvindo e discutindo as demandas e dando vez e voz a todos aqueles que necessitam dessa oportunidade e de terem seus direitos garantidos. “Antes de tudo é preciso planejar e o governo, vem planejando e executando ações como a implantação de agroindústrias, que beneficiam os produtos da agricultura familiar e agregam valor a essa produção, gerando renda e melhoria da qualidade de vida das pessoas”.

De acordo com o Diretor da CAR, Wilson Dias, o governo, através da CAR e da Superintendência da Agricultura Familiar (SUAF), vem atuando em empreendimentos como o do CRIAR e vem beneficiando a população da região com diversas ações a exemplo do apoio à caprino-cultura, com o melhoramento genético, a perfuração e instalação de poços com adutoras e sistemas simplificados de água para a dessedentação animal. “As entidades da agricultura familiar devem qualificar ainda mais as demandas para que o governo tenha ofertas ainda mais qualificadas, que atendam às necessidades dos agricultores para que possamos trabalhar juntos por um Semiárido mais sustentável”.

A jornada, que contou com o apoio do poder público e privado, além de prefeituras da região, está sendo realizada pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido (IDAN), União das Associações do Médio Rio de Contas (UAMERC), Associação dos Pequenos Produtores Rurais de União Rio de Contas (UNIRIO), Território de Identidade Médio Rio de Contas (TIMRC), FAEB/SENAR, Sebrae, BNB, Governo do Estado da Bahia e Prefeituras dos municípios de Barra da Estiva, Caetanos, Contendas do Sincorá, Iramaia, Jequié, Maracás, Manoel Vitorino e Mirante.


NOSSA PARTICIPAÇÃO NO EVENTO 

Fizemos um atalho para encurtar o caminho, mas mesmo assim, percorremos quase 200 Km, porque fica longe!

Em Sussuarana já deparamos com esse Viaduto da Ferrovia Integração Oeste Leste!
Também passamos ao lado das instalações das Construtoras que estão EXECUTANDO A OBRA DA FIOL!
Em Porto Alegre da Bahia, para acessar o local do evento, tivemos de atravessar de balsa o fundo da barragem do Rio de Contas - R$ 20,00 a travessia, nos custou ida e volta, R$40,00!




Do outro lado já passamos novamente pelas obras da FIOL, que está em pleno ANDAMENTO!


O Leito da estrada para receber os trilhos está pronto!

Os dormentes estão empilhados, logo, logo estarão sendo colocados junto com os trilhos!

Antigamente, antes de 2002, quem cuidava das atividades sociais e movimentos sociais era o PT, PC do B, hoje, além de dar tom mais profissional às atividades sociais e movimentos sociais, o PT está construindo a estrutura de um Brasil de Futuro - Obras e mais Obras! E, a Direita está amargando ver o Brasil crescer pelas mãos do PT, pelas mãos da Esquerda!


E o Brasil vai crescendo em plena caatinga!
Morram de inveja FHC e Aécio Neves, que não fizeram e nem construíram absolutamente nada. Pelo contrário venderam o que tínhamos!







Isso aí é um Quintal Agro-ecológico do Tipo Mandala!

MANDALA - é a forma circular das plantações!





Exemplo de DESSENDENTAÇÃO ANIMAL!

Uma pequena Feira Livre da Agricultura Familiar!


Bem! Aí estamos adentrando o local do evento - CRIAR!

Foyer - significa Escola Técnica!

Eduardo Odebrecht é o Presidente da Fundação Odebrecht, que talvez seja uma das fomentadoras do CRIAR.












Este vídeo tem o Pronunciamento do Excelentíssimo
Vice Governador da Bahia - Sr. João Leão! 


O Auditório do CRIAR é equivalente ao do Centro Educacional Prof. Emanuel Coelho Ferraz, sim, maior e é ambientado de forma exagerada com 6 aparelhos de ar condicionado de Grande Porte, vira um frigorífico. No Tio Néu usamos apenas três de 9000 BTUS e é suficiente para ficar um clima agradável.


Áudio de Todos Pronunciamentos!




O Deputado Estadual, Eduardo Sales, do PP, que tem seu nome dado a esse auditório.

 





Secretário de Desenvolvimento Rural, Jerônimo Rodrigues!





Secretário Nacional de Desenvolvimento Territorial, Humberto Oliveira!










Depois do almoço saímos em viagem retornando para Caraíbas!




Mais R$ 20,00 , nem todo lugar é gratuito igual Caraíbas!

Eles possuem muita água por aqui e ainda ficam de olho na água de nossa barragem do Rio Gavião! Precisamos ficar espertos com essa turma daqui viu!!!








Aqui é o fundo do açude cuja tapagem dista uns 90 Km daqui!








A região aqui é de Latifúndios de Criação de Gado de Corte, tanto que no evento o único sindicalista que participou do evento é PATRONAL.






APROFUNDANDO NAS INFORMAÇÕES:



COOPROAF
História da COOPROAF

A COOPROAF – Cooperativa de Produção e Comercialização dos produtos da Agricultura Familiar do Sudoeste da Bahia, fundada em 3 de setembro de 2010, reúne centenas de famílias em torno da produção, beneficiamento e comercialização de derivados de frutas nativas principalmente o umbu, no na região Sudoeste da Bahia, que pertence ao território de identidade Médio Rio de Contas que concentra a maior produção de umbu da Bahia.

A COOPROAF hoje com o quadro social com 63 cooperados, surgiu através de um trabalho de formação feito pelo IRPAA, articulado pela SEAGRI/PMV, que incentivou as associações a fazer o aproveitamento do umbu transformando em doces, geléias, compotas, sucos e polpas. As entidades importantes na constituição da COOPROAF foram: o ISFA – Instituto São Francisco de Assis, Associação dos Feirantes, a Associação do Bairro Santo Antônio, a Associação de Boa Vista, Associação de Poço da Pedra, Associação de Anta Gorda e Associação de Mata de Cipó, que abraçaram a causa e deram todo apoio necessário para assegurar a existência dessa cooperativa.

Projetos para valorizar as pessoas e gerar renda

O PGV – Projeto Gente de Valor ajudou as pessoas terem maior entendimento sobre a importância do umbu na geração de renda, valorizou mais a cultura do umbuzeiro, motivou dezenas de famílias para o aproveitamento e transformação em derivados (incentiva ou beneficiamento).
A contribuição da CAR/PGV foi fundamental para organizar os produtos derivados de umbu em relação às demandas de mercado, contribuiu na formação das famílias, através de cursos, oficinas, ajudou a cooperativa a apresentar os seus produtos em feiras e exposições, proporcionando intercâmbio para conhecer outras experiências, melhoria da infra-estrutura (construção da fábrica), contratação de design para apresentar melhor os produtos e assessoria permanente- gestão da cooperativa.
Quanto à relação da cooperativa com o grupo de interesse, acredita-se que essa junção vai ajudar a fortalecer a cooperativa. Essa articulação vai garantir um maior estoque de produtos, garantir as demandas do mercado, através de um trabalho bem articulado.
Os resultados alcançados pela cooperativa, a partir da transformação de umbu e seus derivados está relacionado a alguns fatores importantes:
Agregou maior valor ao umbu, deu maior visibilidade aos produtos e o trabalho da cooperativa e do município de Manoel Vitorino, profissionalizou as pessoas, formação dos dirigentes e do quadro de sócios em diversos assuntos, ampliou o conhecimento de lugares e entidades.
As ações desenvolvidas pela cooperativa para garantira a sustentabilidade do umbu é através da conscientização dos catadores de umbu, quanto à maneira correta de colher o umbu, realização de palestras sobre a importância do umbuzeiro e sua preservação. Ter um viveiro para distribuição de mudas fazer o manejo do umbuzeiro, fazer o manejo do umbuzeiro, incentiva a novos plantios.







COOPRAF

Quem Somos!

A COOPRAF nasceu da união das comunidades de Poço da Pedra,  Barra da Purificação, Espírito Santo, Grama, Lagoa do Mirante e Salinas localizadas nos municípios de Manoel Vitorino e Mirante, Bahia – Brasil. A cooperativa está organizada em torno da produção e comercialização de derivados de frutas nativas da caatinga, principalmente o Umbu. Os umbuzeiros são considerados a árvore sagrada do sertão e tem o poder de reunir em torno de si, os valores culturais e a força de trabalho de centenas de agricultores familiares. Hoje a produção ecologicamente correta desse grupo ajuda preservar  a Caatinga no território Médio Rio de Contas, Sudoeste da Bahia.

Nossa história

Até 2001 os gestores públicos não davam à devida importância a cultura do umbu na região de Manoel Vitorino, embora tivesse o título de capital do umbu. Não havia nenhum trabalho visando o desenvolvimento da cadeia produtiva do umbu, deixando de oportunizar a geração de trabalho e renda para os agricultores familiares.

Em 2006, a Secretaria de Agricultura do Município começou a desenvolver um estudo para o aproveitamento do umbu na região, através de uma parceria com a Faculdade de Ciência e Tecnologia – FTC, elaborando um plano de estudo da cadeia produtiva do umbu.

Estimulada com os resultados obtidos a Prefeitura firmou parcerias com o IRPAA e COOPERCUC, apoiado pelo Conselho do Território Médio Rio das Contas, visando o desenvolvimento da cadeia produtiva do UMBU com destaque para as seguintes ações: 
  •  contratação do IRPAA para implantar um projeto de sustentabilidade da cadeia do umbu;http://www.irpaa.org/
  •  incentivo ao associativismo e cooperativismo;
  •  aquisição de equipamentos voltados para beneficiamento de umbu;
  •  capacitação para a produção dos derivados do umbu;
  • foram criados espaços artesanais em cozinha de escolas para incentivar a produção de derivados do umbu;
  • aquisição de produtos derivados do umbu para a alimentação escolar; 
  • fomentou a fundação da COOPROAF;
  • apoiou a implantação de uma unidade experimental de processamento de frutas; 
  • negociou o financiamento de uma unidade de processamento de frutas junto ao MDA;
  • promoveu a Festa do Umbu como um evento anual;
  •  pesquisa para identificação das melhores “plantas matrizes” do município e produção de mudas enxertadas, dentre outras ações.

O IRPAA foi à entidade pioneira no incremento de produtos derivados do umbu, através da fabricação de doces, geleias, sucos, polpas, dentre outras capacitações, tendo um papel preponderante para o desenvolvimento da cadeia produtiva do umbu na região.

Todo esse esforço e articulação no sentido de desenvolver a cadeia produtiva do umbu culminaram em 2007 com a fundação da Cooperativa de Produção e Comercialização da Agricultura Familiar do Sudoeste da Bahia – COOPROAF. A Entidade reuniu os remanescentes dos mais diversos grupos capacitados com no beneficiamento do umbu associando um grupo de 24 pessoas sendo 23 mulheres e 01 homem.

Imbuíra uma história de Gente de Valor

Imbuíra é a marca dos produtos da COOPRAF, cooperativa que está organizada em torno da produção e comercialização de derivados de frutas nativas da caatinga, principalmente o Umbu. Os umbuzeiros são considerados a árvore sagrada do sertão e tem o poder de reunir em torno de si, os valores culturais e a força de trabalho de centenas de agricultores familiares. Hoje a produção ecologicamente correta desse grupo ajuda preservar  a Caatinga no território Médio Rio de Contas, Sudoeste da Bahia.

A COOPRAF nasceu da união das comunidades de Poço da Pedra,  Barra da Purificação, Espírito Santo, Grama, Lagoa do Mirante e Salinas localizadas no município de Manoel Vitorino e Mirante, Bahia – Brasil.

A intervenção do Projeto Gente de Valor no Subterritório de Nova Esperança e Quatro Forças Unidas ocorreu em 2008, quando foi realizado o diagnóstico no meio real, onde o conhecimento se deu através da caracterização dos recursos naturais, do quadro agrário e dos sistemas de produção, partindo-se do pressuposto de que existe uma estrutura de relações entre os fatores sociais, econômicos e culturais que caracteriza os pequenos agricultores das comunidades de Manoel Vitorino e Mirante. Com base nos dados primários das localidades visitadas, elaborou-se o Ordenamento Subterritorial, na perspectiva de promover o desenvolvimento integrado das comunidades de Poço da Pedra e Barra da Purificação, Espírito Santo, Lagoa do Mirante, Grama e Salinas. Em seguida ocorreu às oficinas de DRP para a construção do Plano de Desenvolvimento Subterritorial (PDST), ocasião em que foram criados os Comitês de Desenvolvimento Comunitário e o Conselho de Desenvolvimento do Subterritório.

Em seguida foi elaborado e efetivado um modelo de Assistência Técnica, na visão de um processo educativo e participativo, assegurando a troca de saberes entre agricultores e técnicos, fazendo com que as pessoas envolvidas se tornassem sujeitos do processo do desenvolvimento comunitário.

Depois do estudo de viabilidade econômica realizado em 2011, a COOPROAF foi integrada ao Projeto, como estratégia de fortalecer as ações que estão sendo desenvolvidas na organização da cadeia produtiva do umbu através dos grupos de interesses dois subterritórios.



4 Forças unidas

Sendo composto pelas comunidades de: Espírito Santo, Grama, Lagoa do Mirante e Salinas, o Subterritório Quatro Forças Unidas está localizado na região do semi-árido do município de Mirante, no sudoeste da Bahia, inserido na caatinga.

História das Comunidades do Subterritório de Quatro Forças Unidas, Município de Mirante – BA

Quando contamos uma História, contamos a partir de um ponto de vista que será reinterpretado e reconstruído em diferentes espaços, por distintas pessoas, dando origem a uma nova História. Assim é a tradição oral, a voz do passado que ecoa e constrói o presente.

As comunidades de tradição oral sustentam sua História por meio da transmissão de saberes a seus descendentes. Essa tradição não funciona apenas como um meio de perpetuação da História, mas também como fonte de resistência às dificuldades postas pela condição ágrafa e pela visão histórica que margeou as pesquisas por um longo tempo: a História vista de cima, com grandes homens realizando enormes feitos, relegando a importância daqueles que contribuíram fortemente para a construção do presente tais como as comunidades tradicionais. Nessa perspectiva, a oralidade possibilita a recuperação das formas de vida, sobretudo, de grupos minoritários, por vezes excluídos e marginalizados.

Tudo começou quando grupos de famílias chegaram à região e se misturaram com aquelas que já habitavam o local. Os primeiros moradores vieram de Brumado, conhecido na época por Bom Jesus dos Meiras, região colonizada pela família Meira, vinda de Portugal ainda no período colonial. A família Meira teve um importante papel nesse processo, sobretudo para abrir novos espaços no Sertão da Ressaca, e formar as fazendas de gado tão expressivas naquela época.

Para todas elas, as dificuldades eram as mesmas em todas as esferas. O transporte era feito por animais ou a pé, a feira era em Bom Jesus da Serra, a 70 km de distância, carregavam a compra na cabeça ou no lombo dos animais. A vestimenta era feita às vezes de saco de pano cru (estopa) e as sandálias eram do couro dos animais; para o remédio usavam as ervas e possuíam uma grande crença em benzedeiras, as mulheres pariam em casa com a ajuda da parteira, tinham em torno de 10 a 19 filhos, que eram alimentados com pirão de sebo de gado, pirão de água ou leite de ovelha. As roças eram pequenas, havia mais árvores e chovia mais, mesmo assim em tempos de seca era muito difícil, pois as mulheres precisavam ir para a fonte de água de madrugada onde esperavam minar; não havia estradas, as casas eram de enchimento cobertas por palhas, as camas feitas de varas e os colchões de junco, sentavam-se em esteiras de palhas ou bancos de madeira feitos por eles mesmos. Os mais velhos sabiam a arte da plantação, do manuseio da palha para a confecção de artefatos como esteiras, chapéus, embornais, cordas, colher de pau, pratos, gamelas.

Conheciam também os sinais da natureza, o jeito de tratar os animais, a forma de armazenamento das sementes nativas enfim todos os saberes milenares que são frutos da miscigenação das diversas culturas (branco, índio, negro) que formaram nosso sertão, sejam na fabricação de um instrumento ou mesmo através das músicas, dos ternos de reis, ladainhas e rezas de terços ou de santos e promessa, ou mesmo na organização em torno de um objetivo comum como os mutirões que eram largamente praticados por essas comunidades.

Aspectos Culturais

Há uma rede de transmissão oral que permite a sobrevivência da história dos grupos envolvidos, existem os mutirões para fazer roças, folia de reis, forró pé-de-serra, caruru de Cosme e Damião, festas de argolinhas e cavalgadas. São exemplos de festividades e religiosidades que marcam o aspecto cultural do subterritório Quatro Forças Unidas. A responsabilidade pelos festejos como a Folia de Reis geralmente fica a cargo das pessoas mais idosas. Os jovens preferem festas como as juninas ou o lazer, no caso o futebol. As datas festivas como o São João e o Natal reforçam os laços familiares com a chegada das pessoas que residem em outros Estados.

Vitorinas (Entreposto BR116)
Vitorinas, é a marca entreposto da COOPROAF. Um grupo de mulheres doceiras que se juntaram para produzir delícias e melhorar a vida ao seu redor.

Quem viaja pela Rodovia 116 , ao passar por Manoel Vitorino na Bahia pode fazer uma parada e conhecer essas mulheres alegres e acolhedoras, lá o visitante tem a oportunidade de tomar sucos maravilhosos e degustar delicias feitas de frutas nativas da caatinga, algumas dessas espécies só produzem em pequena quantidade e só em volumes para consumo local, ou melhor para os privilegiados que podem fazer uma visita.

Além do lanche o visitante pode comprar os produtos da Linha Imbuíra e conhecer as instalações da fabrica.

 
Produtos
Linha Imbuíra de Produtos para o varejo

  
  • Doce cremoso de Umbu – 230g
  • Doce corte de umbu caixinha – 300g
  • Geleia de umbu – 240g
  • Geleia de Maracujá da caatinga – 240g
Linha Imbuíra de produtos para merenda escolar
  • Compota de umbu – 1kg
  • Nego bom de umbu – 1kg
  • Nego Bom de umbu com goiaba – 1kg
  • Squash de umbu – Néctar de umbu com açúcar pronto para beber – 5 litros

 Nova esperança

Caracterização do Subterritório de Nova Esperança – Manoel Vitorino – BA
O Subterritório de Nova Esperança está inserido na região semiárida do Município de Manoel Vitorino a 65 km da sede, apresentando características típicas do bioma caatinga hipoxerófila arbustivo-arbórea rala. Composto pelas comunidades de Poço da Pedra, com 56 famílias e a comunidade de Barra da Purificação, com 72 famílias, totalizando 128 famílias (CAR/Projeto Gente de Valor – Estudo de Base, 2009). O referido subterritório está inserido no Território de Identidade do Médio Rio das Contas, estando localizado numa região considerada como uma das maiores produtoras de umbu da Bahia.

A sua base econômica é fundamentada na agricultura familiar, destacando-se o cultivo de feijão, milho e outras culturas de subsistência. Com o declínio da atividade agrícola, atualmente, a pecuária se constitui como a principal atividade, através da criação de pequenos rebanhos caprinos, ovinos e bovinos. Também merece destaque o extrativismo do umbu, que hoje se destaca na composição da renda destas famílias.

Aspectos Culturais

No Subterritório, a religiosidade é presente através da Igreja Católica, grupos de Reis e Rezadeiras.

As festas religiosas estão presentes neste Subterritório, através dos festejos juninos, onde São Pedro, Santo Antônio e São João são os Santos homenageados;

Eles possuem a tradição dos Ternos de Santos Reis. No período de 24 de dezembro, véspera de Natal, a seis de janeiro, dia de reis, um grupo de cantadores e instrumentistas percorre o subterritório entoando versos relativos à visita dos Reis Magos ao Menino Jesus.

Parceiros

    ISFA – Instituto de Formação Cidadã São Francisco de Assis
    CAR – Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional
    PGV – Projeto Gente de Valor
    PMV – Prefeitura Municipal de Manoel Vitorino/SEAGRI
    PMM – Prefeitura Municipal de Mirante
    IRPAA – Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada
    COOPERCUC – Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos Uauá e Curaçá
    Associação do Bairro Santo Antônio
    Associação dos Produtores Rurais de Poço da Pedra
    Associação dos Produtores Rurais da Barra da Purificação
    Associação dos Pequenos Produtores Rurais da Região do Espírito Santo
    Associação dos Pequenos Produtores da Boa Vista
    EBDA – Empresa Baiana de Desenvolvimento Agropecuário
    BNB – Banco do Nordeste do Brasil
    Conselho Territorial do Médio Rio de Contas
    SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial


Gente de valor

Com uma proposta, que prioriza a participação direta dos homens e mulheres do campo na decisão e escolha das ações a serem implementadas em suas comunidades, o Gente de Valor atenderá 90 mil habitantes dos 34 municípios das regiões nordeste e sudoeste com os mais baixos Índices de Desenvolvimento Humano – IDH.

Executado pela Sedir – Secretaria do Desenvolvimento e Integração Regional – através da CAR – Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional, empresa vinculada à secretaria, o projeto contará com US$ 60 milhões divididos igualmente entre o Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA) e a contrapartida do Governo do Estado. A coordenação do projeto concluiu a capacitação de técnicos, que foram a campo fazer um diagnóstico completo das comunidades contempladas, descobrindo suas potencialidades e vocações, com vistas a otimizar as atividades produtivas, proporcionando a geração de emprego e renda.

Público
O Gente de Valor é destinado aos habitantes pobres do meio rural. O projeto prevê beneficiar 35.000 pessoas diretamente e 55.000 indiretamente, abrangendo 90.000 pessoas.

Ações do projeto
  • Ampliação da oferta hídrica com a construção de barragens, cisternas, sistemas de abastecimento d’água, etc;
  • InvestimentosDescrição: http://cdncache1-a.akamaihd.net/items/it/img/arrow-10x10.pngem infra-estrutura básica, como instalação de energia solar e elétrica, construção de pequenas pontes e sanitários residenciais;
  • Apoio às microempresas rurais e à agricultura familiar para assegurar a segurança alimentar e o incremento da renda;
  • Desenvolvimento ambiental;
  • Formação profissional e capacitação para o trabalho;
  • Fortalecimento das Organizações Comunitárias;
  • Apoio ao comércio;
  • Inserção dos jovens nos mercados de trabalho urbano e rural;
  • Enfoque de Gênero;
Área de atuação
Abrange os municípios do meio rural com Índices de Desenvolvimento Humano (IDH)s mais baixos do estado. No total, serão atendidos 34 municípios das regiões nordeste e sudoeste. O projeto contará com uma coordenação em Salvador, dois escritórios regionais nos municípios de Vitória da Conquista e Ribeira do Pombal e escritórios sub-regionais nos municípios de Mirante, Abaré, Euclides da Cunha, Jeremoabo e Cícero Dantas.

Região Sudoeste – Aracatu, Boa Nova, Bom Jesus da Serra, Caetanos, Manoel Vitorino, Mirante, Planalto e Poções.

CAR
Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR)

A empresa, vinculada à Secretaria do Desenvolvimento e Integração Regional do Estado (SEDIR), coordena programas de combate à pobreza rural, orienta o público beneficiário sobre os critérios de participação no programa, acompanha e avalia a aplicação dos recursos, supervisiona a execução dos projetos e capacita os usuários na operação e gestão dos empreendimentos.

Programas:










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