domingo, 29 de abril de 2012

ÁGUA PARA TODOS - COMPLICADO E DESESPERADOR!

Previsões de muitos, dizem que a terceira guerra mundial será por conta de água! Muitos afirmam ser 2012 o ano do fim do mundo e que 12 do 12 de 2012 será uma data problemática.

Bem, para mim pessoalmente, 12 de dezembro é aniversário de 18 anos de minha filha Michelle - um dia feliz que lembra seu nascimento no hospital Márcio Cunha em Ipatinga. Que Deus afaste as más línguas desta data!

No entanto, certas ações governamentais a revelia da ciência dos populares envolvidos ou vítimas, começam a nos deixar em estado de alerta!

Esta é a terceira postagem que faço abordando o tema sobre água. Primeiramente falei sobre a situação precária da Barragem do Rio Gavião e do inusitado sistema de abertura de compotas para que se tenha água a bombear para o Município de Caetanos. Este sistema ali funcionando poderá colocar Caraíbas e Anagé sem água, se as chuvas não vierem em breve para repor a água da Barragem do Rio Gavião.

A Segunda Postagem, falei sobre a situação da Barragem que abastece Vitória da Conquista e depois dela, todos se alarmaram com a questão.


Segundo ex-Diretor do DENOCS a Bahia não se preparou para a presente seca:


http://www.blogdaresenhageral.com.br/v1/2012/04/24/bahia-nao-se-preparou-para-a-seca-diz-ex-diretor-do-dnocs/

Nessa semana passada, quarta feira, 25/04/2012, representando o CEVLO - NÃO PUDE PARTICIPAR DA GREVE POR SER REDA - participei ENTÃO, em Barra do Choça da Iª Conferência de Meio Ambiente de Barra do Choça, onde um dos focos foi justamente A Gestão de Recursos Hídricos.

A Professora Regina, Companheira de muitas reuniões Territoriais, de Segurança Alimentar, etc... é quem esteve conduzindo os trabalhos da conferência, que foi riquíssima em informações.

Iniciou-se com a Palestra do Professor Jacson Tavares de Oliveira sobre Reflexos do Desenvolvimento econômico e social sobre as questões ambientais nos 50 anos de emancipação de Barra do Choça. Barra do Choça produz não só café, mas Água Potável de Boa Qualidade para si, para Vitória da Conquista, Belo Campo e até Tremedal.

Conforme eu havia noticiado a Barragem que mostrei com fotos em que o nível está baixando bem rápido, fica próximo a Barra Nova, aliás a serra onde situa-se o Distrito Barra Nova do Município de Barra do Choça é de onde flui a água para esse Sistema de Barragens - Água Fria I e Água Fria II, imagem abaixo:

Este Sistema abastece Barra do Choça e Vitória da Conquista, conforme Mapa abaixo:


Este sistema está sendo ampliado, mas já atende a Belo Campo e até Tremedal, segundo informações dos Conferencistas, conforme mapa abaixo:


Para atender esta crescente demanda, está se concluindo a Terceira Barragem conforme Foto e Mapa abaixo:


E, está em fase de Projeto a Quarta Barragem deste sistema, no encontro das águas dos Rios Catolé e Água Fria, conforme Mapa Abaixo:


A Água oferecida pela EMBASA a Vitória da Conquista é de reconhecida qualidade, mas ainda assim, os conferencistas apresentaram preocupação conforme ilustração abaixo:


Esta preocupação vale também para a Barragem do Rio Gavião onde se utiliza muitos defensivos agrícolas nas diversas plantações no entorno da Barragem, principalmente nas Plantações de Manga e demais frutíferas.


COMPLICAÇÃO E DESESPERO!


A complicação consiste que as secas estão cada vez mais severas. Segundo moradores de Barra Nova, seca igual a essa não ocorre há 16 anos. E, a água de Barra Nova está sendo distribuída à muitos, principalmente a Vitória da Conquista. Para piorar a preocupação, está havendo racionamento de água em alguns dias em Barra Nova.


Evidente que o Sistema prevê ampliação como visto, inclusive algumas em andamento.


Caraíbas e Anagé correm risco de ficar sem água, ou seja, não teria sido melhor captar água para Caetanos diretamente da barragem ao invés de ficar abrindo compota? O uso da água Rio abaixo deveria ser feito via de adutora sem desperdício de água aberta Rio Abaixo.


Esta distribuição de água é que poderá ser pivô de muitos distúrbios no futuro se não houver uma estrutura eficiente e democrática.


Inclusive não se estão levando água para a comunidade Tradicional de Quilombolas e Silvícolas remanescentes do Planalto da Conquista que se encontram lá no Boqueirão próximo a José Gonçalves - Vitória da Conquista tem débito histórico com essa comunidade.


E, A CONFERÊNCIA CONTINUOU! 


Nesse encontro discutiu-se vários temas sobre Meio Ambiente, entre eles: O Problema do Lixo, o Problema da Poluição Sonora e a Questão da Monocultura de Eucalipto.

POLUIÇÃO SONORA

Realmente quando se vê os assustadores e ensurdecedores Paredões, o Assunto de Poluição Sonora se torna muito sério. Então parabéns ao Vereador Professor Jorge Amorim, representante da CPT, foto abaixo, que fez a exposição das razões pelo que a Câmara de Vereadores está preocupada com a questão:


Está aí um valoroso trabalho Parlamentar de Sucesso. Também o cara é preparado e tem muita disposição para trabalhar.

A Poluição sonora em nossos dias está a cada dia piorando, basta ficarmos ao lado de alguém utilizando o som de um celular, que embora pequeno, incomoda muita gente.

Quem dirá o som dos carros e paredões abaixo, em minha rua em Caraíbas, por exemplo, tem um morador que acha que todo mundo, num raio de 100 metros da casa dele tem de ouvir o mesmo repertório dele. E, olha que tem uma pessoa deficiente que reside bem em frente. E, por aí vão os problemas de poluição sonora. Muitas vezes na praia de Caraíbas fica aquele tumulto de sons.

Em frente as escolas, em Caraíbas, muitos jovens ligam seus sons de veículos de forma a mostrar seu poder sonoro, mas esquece que está mostrando na realidade seu poder de desrespeito as leis de transito.

Em frente e no entorno das escolas de Barra Nova não acontece isso e até porque existe sinalização lembrando que é proibido tal coisa.




MONOCULTURA DO EUCALIPTO

Quanto a Monocultura de Eucalipto, pode até ser uma preocupação, mas eu sou mais favorável ao cultivo do eucalipto do que deixar o solo descoberto tal qual eu vejo em algumas regiões da caatinga. Muitos proprietários desmatam para não plantar absolutamente nada, o que é péssimo em termos climáticos.

A falta de mata ou cobertura vegetal favorece a ocorrência de bolsões de ar quente que impede a entrada das frentes frias. Em vôos em pequenos aviões é fácil observar que quando o avião sobrevoa áreas cobertas por matas o voo é equilibrado com pouca turbulência, mas em áreas descobertas de mata, principalmente na região nordestina, na aproximação do aeroporto de Vitória da Conquista por exemplo, dá muito medo, a turbulência deixa a aeronave muito instável. Em passeios de motocicletas também é possível ver o quanto o ar é frio junto às matas e o quanto é quente onde não existem matas.

OS RESÍDUOS SÓLIDOS!

A questão do lixo também foi discutida e apresentada o que Barra do Choça já desenvolveu nesse sentido via da Palestra do Professor Jackson Novaes da Costa.



A Associação que cuida da coleta seletiva de resíduos sólidos, mais do que a palestra em si, são as evidências expostas do trabalho desenvolvido pela associação, na entrada do auditório onde ocorreu o evento, para mostrar os bons resultados.

E, EM CARAÍBAS?

Quem já visitou o Lixão de Caraíbas sabe que é lastimável de deprimente o descaso da Gestora. O Pouco de coleta seletiva que existe funciona informalmente por alguns populares, tais como o Binho, sem qualquer apoio.

O Vereador Doura, da Câmara de Vereadores de Caraíbas, é quase que isoladamente quem tem se manifestado em Plenário contra esse descaso. Estranhamente Caraíbas gasta uma fortuna anual nesse sentido, sem qualquer resultado palpável.


EM CARAÍBAS A SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA TRABALHA SÉRIO


No entanto a Sociedade Civil Organizada, em Caraíbas está junto as ações da ASA-MIL e o Governo da Bahia instalando 300 Cisternas para universalização municipal, VEJAM A MATÉRIA DO COMPANHEIRO DAMIÃO GATO:


O semi-árido brasileiro compreende uma área de 969.589 Km² e abrange 1.133 municípios de nove estados do Brasil: Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nessa região vivem cerca de 22 milhões de pessoas, cerca de 11,8% da população brasileira.

A caatinga, bioma exclusivamente brasileiro, é  predominante no semi-árido. Caracteristicamente a caatinga apresenta uma heterogeneidade em toda sua extensão, apresentando grande variedade de espécies animal e vegetal adaptadas às condições rigorosas do clima seco. No entanto apresenta grande potencial produtivo em se tratando das atividades agrícolas, sendo o grande entrave mesmo a irregularidade no ciclo chuvoso da região, fator que comumente interfere no volume de produção.

Outra característica do Semiárido brasileiro é o déficit hídrico. Mas, isso não significa falta de água. Pelo contrário, é o semiárido mais chuvoso do planeta. A média pluviométrica vai de 200 mm a 800 mm anuais, dependendo da região. Porém, as chuvas são irregulares no tempo e no espaço. Além disso, a quantidade de chuva é menor do que o índice de evaporação, que é de 3 mil mm/ano, ou seja, a evaporação é três vezes maior do que a de chuva que cai. 

Isso significa que as famílias precisam se preparar para a chegada da chuva. Ter reservatórios para captar e armazenar água é fundamental para garantir segurança hídrica no período de estiagem, a exemplo das cisternas domésticas, cisternas-calçadão, barragens subterrâneas e dos tanques de pedra. 
(Texto adaptado de artigo extraído em: http://www.asabrasil.org.br)


O município de Caraíbas, inserido nesse contexto do polígono da seca, também apresenta índices deficitários no que tange ao abastecimento de água. Diante dessa realidade entidades como o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Caraíbas em parceria com as Associações de Produtores Rurais, Conselho Municipal de Desenvolvimento e da Paróquia Santo Antônio, cujos representantes estão compondo uma comissão formada articulando-se na finalidade de executar junto a Associação do Semi-Árido da Microrregião de Livramento-ASAMIL a construção de 300 cisternas de captação de água da chuva para consumo humano, com início para as próximas semanas. Entre as regiões que inicialmente serão atendidas estão os povoados de Maxixe, Salinas I, Grama, Marreca, José Marques, Algodão, São Joaquim, Extrema, Lourenço, Félix, Jiboia, Lagoa Seca, Olho D'água, Veredinha e Mamoeiro. Dentre as citadas comunidades, serão efetuados os cadastramentos e, atendendo os critérios estabelecidos pela entidade e pelo Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social e Combate a Pobreza, serão enfim beneficiadas com a construção de uma cisterna de consumo humano de 16 mil litros.  


Em todo o município segundo levantamento da comissão, existe uma demanda para a universalização de 900 cisternas, não incluindo as 510 unidades já construídas pela Articulação do Semi-Árido (ASA). A boa notícia é a existência de uma grande perspectiva com reais possibilidade de que haja o processo de universalização do município na construção das cisternas, onde todas as famílias da extensão rural deterão uma unidade. Fato previsto para o final do corrente ano e início do próximo.



REUNIÃO NO STR DE CARAÍBAS DA COMISSÃO MUNICIPAL PARA A CONSTRUÇÃO DAS CISTERNAS - ASAMIL




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